quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mega-Sena Acumulada - O que fazer com o dinheiro?

Hoje, 2 assuntos são destaque na internet. O aniversário de um timinho da cidade São Paulo e o prêmio de R$70 milhões que a Mega-Sena sorteia hoje. Como o blog é sobre finanças, só vou escrever sobre o prêmio, pois ninguém merece mais um texto sobre esse aniversário.

Não, não sou a favor de apostar em loteria, as chances de ganhar são mínimas, se você não for sorteado perderá todo o dinheiro apostado e ainda poderá virar um hábito apostar toda semana em algum sorteio e toda semana perder dinheiro. Embora eu não seja a favor de títulos de capitalização, para quem deseja apostar nesse tipo de jogo até mesmo a capitalização é uma alternativa.

Mas vamos ao principal, se você ganhasse o prêmio hoje de R$70 milhões da Mega-Sena, o que faria? Esse dinheiro seria suficiente para você nunca mais trabalhar e viver uma vida de rei(rainha) para sempre?

Um texto de hoje do UOL Economia dicas valiosas aos que decidirem apostar, como por exemplo controlar os impulsos de compra e de ajudar ao "próximo". É quase certeza que choverão parentes distantes e amigos não tão próximos assim interessados em você e em saber como anda sua vida e se você não teria uns mil reais só prá eles pagarem umas continhas em atraso, afinal você ganhou R$70 milhões, que falta esse "troco" fará a você? Hoje não fará falta nenhuma com certeza, mas se não houver planejamento e você virar uma "Madre Teresa" esses "trocos" consumirão boa parte do seu prêmio.

Confesso que não sei a tributação que esse prêmio sofrerá, mas dos R$70 milhões que você ganhou, imagino que R$21 milhões virarão impostos, você terá R$49 milhões para fazer o que quiser. Se aplicados a uma taxa de 0,3% a.m., já descontados os impostos da aplicação e a inflação, você terá uma renda líquida de R$147.000,00 por mês pela vida toda, nada mal hein? E se você gastar "só" R$100.000,00 por mês e mantiver R$47.000,00 aplicados, terá acumulado em 5 anos R$61.732.530,59.

O dinheiro do prêmio, se bem aplicado, pode garantir a sua tranquilidade e de sua família pela vida toda, até mesmo de seus decendentes, netos, bisnetos etc, se mal aplicados pode virar uma dor de cabeça tão grande quanto o prêmio que receberá.


Pensem nisso e boa sorte.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Impacto das compras parceladas

Olá leitores, tudo bem?


Quem aqui nunca passou pela seguinte situação ao finalizar uma compra em uma loja?

"Se o(a) sr(a). quiser podemos parcelar esse valor X em até 10 vezes sem juros"

E quem aqui nunca ficou tentado em parcelar a compra nessas tais 10 vezes? É sem juros mesmo né, que mal pode fazer?

Se esse é o seu caso, CUIDADO! Se for parcelar mesmo a compra, assegure-se de que tem o valor disponível da parcela pelos próximos 10 meses, se não tiver, esse pode ser o início do processo de endividamento de pessoas comuns, inocentes, que só queriam pagar uma parcela menor por alguns meses, ao invés de pagar a compra de uma vez só.

Um erro muito comum aos que compram parcelado é pagar as 2,3 primeiras parcelas da compra e esquecer-se das outras 7, e no mês seguinte comprar outro produto em 5 vezes, daqui algum tempo outro produto estará sendo adquirido com pagamento parcelado e assim vai sendo feito com tudo, até chegar em um ponto onde a fatura do cartão de crédito já não cabe mais no orçamento do mês e aí, o maior erro das finanças pessoais é cometido, você paga o mínimo do cartão de crédito...


Algumas dicas para esse pesadelo não acontecer com você:

  • Evite compras parceladas, se você não pode pagar hoje pelo produto, guarde dinheiro por algum tempo e compre à vista, você ainda poderá ganhar um desconto!
  • Se a compra for inevitável mesmo assim, anote em um papel e coloque em sua carteira ou no próprio cartão de crédito lembrando que você já fez uma compra parcelada e que a parcela ainda irá ser paga por um tempo.
  • É preferível pegar um empréstimo e pagar a fatura toda do cartão de crédito do que pagar o mínimo, a diferença na taxa de juros pode chegar a 8% ao mês e 150% ao ano!!


Nas próximas compras lembrem-se das dicas e....

Pensem nisso

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Consórcios

Olá leitores, tudo bem?


Hoje pretendo escrever sobre um produto que todos já devem ter ouvido falar, mas talvez poucos saibam como funcione.


Consórcio - É um sistema de compra parcelada e programada de um bem, onde um grupo de participantes organizados por uma empresa administradora rateiam o valor do bem desejado pelo número de meses de parcelamento desse bem. Ex: Um grupo de 12 amigos quer comprar uma TV que custa 1200 reais, mas eles só tem uma sobra mensal de 105 por mês, então resolvem juntar os 105 reais de cada um e dar a um 13º amigo administrar e comprar uma TV por mês para cada um do grupo, sorteando em cada mês quem ganhará a TV, os 5 reais que o 13º amigo recebeu a mais de cada um fica para ele afim de remunerar os serviços que ele prestou de comprar a TV e sorteá-la.


Quais os custos de um consórcio? Parcela do bem, seguro, fundo de reserva (para eventualidades) e taxa de administração (para remunerar quem compra os bens e os sorteia, além de administrar os recursos).


Vantagens:

  • Não são cobrados juros diretamente pelo bem, como cada um contribui com uma parte do bem que desejam adquirir você só paga a taxa de administração (que acaba funcionando como juros, mas bem mais baixos que os de um financiamento)
  • Boa opção para quem não tem disciplina para guardar dinheiro, pois os juros variam entre 2% ao ano em consórcios imobiliários até 4% ao ano em consórcios de veículos.

Desvantagem:

  • As pessoas do grupo não possuem recursos suficientes para comprar o bem desejado, e contribuem com uma parcela mensal, então você pode ser o primeiro a ser sorteado como pode ser o último e ver todos do grupo retirando o bem antes que você.

Como resolver o problema citado acima? Há nos consórcios além dos sorteios mensais a possibilidade de se dar um lance e retirar o bem. O lance é um valor que é ofertado em assembléia e, se for o mais alto, o cliente não precisa esperar ser sorteado, ele é contemplado e ganha a carta de crédito com o valor do consórcio comprado.

Mas se você se acha muito azarado para ser sorteado e ainda não tem recursos suficientes para dar um bom lance, talvez seja melhor continuar poupando e comprar o bem à vista, pois mesmo que os juros de consórcio sejam baixos ainda assim são juros que você está pagando para alguém administrar o seu dinheiro.


Pensem nisso

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Previdência Privada - Vantagens e Desvantagens

Olá leitores, tudo bem?




Vamos começar então pelas Vantagens:

  1. É um investimento criado para auxiliar às pessoas na hora de se aposentarem, é considerado de longo prazo, para além de 10 anos.
  2. Na contratação do plano de previdência privada, a pessoa pode optar por serem feitas retiradas automáticas de sua conta e essas serem investidas diretamente na sua previdência, essa é uma alternativa muito boa para quem não consegue poupar por vontade própria e também para quem gosta de títulos de capitalização, que não são investimentos.
  3. Uma das principais vantagens dos planos de previdência é a tributação, ou os impostos cobrados sobre os rendimentos, como é um investimento de longo prazo (acima de 10 anos) a taxa cobrada de Imposto de Renda chega a 10% dependendo de como foi feita a contratação do plano.
  4. Ainda temos a vantagem de poder "mixar" os investimentos dentro de um plano de previdência, como assim? Eu explico. Hoje em dia é comum alguns planos investirem parte do dinheiro em renda fixa, parte no mercado de ações, mas sempre com o consentimento de quem está aplicando. Exemplo: Se hoje o Sr. João fosse ao banco e contratasse um plano que tivesse a sigla V10 ele estaria autorizando ao banco que no máximo 10% do valor que ele aplicasse mensalmente poderia ser investido em ações. Existe o limite de 49% para aplicações no mercado de ações.


Agora as Desvantagens:

  1. Sobre os depósitos mensais realizados é cobrada uma taxa chamada de taxa de carregamento. Essa taxa é cobrada pelos bancos para cobrir os gastos com vendas dos planos e incide sobre o valor aplicado, reduzindo-o. Exemplo: O Sr. João do exemplo anterior aplicou hoje R$200,00 em seu plano de previdência privada e a taxa de carregamento desse plano é de 5%, então ao entrar em seu extrato ele verá um saldo de R$190,00, pois pagou R$10,00 de taxa. OBS: A taxa de carregamento pode ser negociada dependendo do valor a ser aplicado e ela ainda pode diminuir com o tempo.
  2. Além da taxa de carregamento ainda temos a taxa de administração que é a mesma cobrada em fundos de investimento e tem como finalidade remunerar quem está aplicando os recursos dos clientes no mercado de renda fixa e/ou variável. A taxa de administração incide sobre o valor total aplicado e os rendimentos e, na maioria dos casos, isso é feito diariamente.
  3. Ao mesmo tempo que a alíquota de IR é uma das mais baixas do mercado para aplicações com mais de 10 anos (10%) é também a mais alta se for feita alguma retirada antes de 2 anos (35%). OBS: Ao contrário do que as instituições financeiras falam e vendem, plano de previdência privada não deve ser usado como investimento de curto prazo!! O Imposto de Renda pode ser tão alto que até mesmo a poupança seria mais vantajosa dependendo do período a ser aplicado.


Espero que tenham gostado de mais essa série de textos e que ajude vocês a se decidirem sobre contratar ou não um plano de previdência privada. Caso tenham alguma dúvida podem escrever nos comentários. E, se for o caso, como sou planejador financeiro pessoal podemos conversar sobre a melhor alternativa no seu caso.


Pensem nisso

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Previdência Privada - Tributação

Olá Leitores, tudo bem?

Após um longo período de quase 2 meses sem um texto novo, aqui estou novamente...
Peço desculpas pela espera, mas vou dar continuidade onde parei, na Previdência Privada!!


Nos posts anteriores, tratei sobre a importância de se ter uma alternativa de renda além da aposentadoria do governo e sobre a diferença entre o PGBL e o VGBL, neste post falarei sobre os tipos de tributação.


Existem 2 tipos de tributação a progressiva e a regressiva.
A tributação regressiva é vantajosa para quem pretende contribuir por mais de 10 anos na previdência privada, pois a alíquota de IR vai diminuindo até chegar no patamar de 10%, conforme relação abaixo:


Até 2 anos - 35%
De 2 a 4 anos - 30%
De 4 a 6 anos - 25%
De 6 a 8 anos - 20%
De 8 a 10 anos-15%
Após 10 anos - 10%


OBS: A cada novo depósito efetuado, uma nova contagem de tempo começa. Exemplo: É feita uma contribuição no mês 07/2010 e uma outra contribuição no mês 07/2012, vamos supor que seja feita uma retirada no mês 07/2020, o depósito de 2010 sofrerá a tributação de 10%, enquanto a de 2012 sofrerá a tributação de 15%.


A tributação progressiva é vantajosa para quem pretende optar pela renda mensal, respeitando a tabela abaixo:


Até R$1.499,15 - ISENTO
De R$1.499,16 a R$2.246,75 - 7,5% (com dedução de R$112,43)
De R$2.246,76 a R$2.995,70 - 15% (com dedução de R$280,94)
De R$2.995,71 a R$3.743,19 - 22,5% (com dedução de R$505,62)
Acima de R$3.743,19 - 27,5% (com dedução de R$692,78)



Espero que as tabelas e explicações auxiliem na escolha de vocês, mas cada caso é um caso, e uma boa conversa com alguém que entenda sobre o assunto pode ajudá-los na hora de optar por uma previdência privada ou uma alternativa a ela, como irei tratar no próximo post.
Pensem nisso

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Previdência Privada - PGBL ou VGBL

Olá leitores,

Hoje falarei um pouco sobre PGBL e VGBL e suas diferenças.


PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre
VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre


O que é um PGBL?

Um produto financeiro oferecido por bancos e seguradoras que tem como objetivo complementar a renda do beneficiário na fase de aposentadoria. Sua maior vantagem sobre o VGBL é com relação ao benefício fiscal, pois o que você depositar em um PGBL você pode utilizar como dedução na hora de declarar o Imposto de Renda, mas no limite de 12% da Renda Bruta, quer um exemplo? Se a pessoa tem um salário anual de R$24.000,00 ela pode aplicar R$2.880,00 em um PGBL e deduzir esse valor na hora de declarar o Imposto de Renda.

Atenção!! Esse benefício de dedução de IR tem um preço! O IR cobrado na hora dos resgates em um PGBL é sobre o valor total acumulado! Não entendeu? Mais um exemplo: Se ao final de 15 anos uma pessoa tiver em seu PGBL o valor de R$200.000,00 acumulados e for retirar tudo ou optar por uma renda mensal, o IR será cobrado sobre os R$200.000,00 ou sobre a renda mensal total.

Para quem é mais indicado? Para as pessoas que fazem a declaração completa de IR e querem abater o valor de IR a ser pago.


O que é um VGBL?

Um produto financeiro oferecido por bancos e seguradoras que tem como objetivo complementar a renda do beneficiário na fase da aposentadoria. Sua maior vantagem sobre o PGBL é com relação ao IR cobrado na hora dos resgates, pois, diferente do PGBL, no VGBL o IR incide sobre os rendimentos apenas. Usando o exemplo anterior: Se nos mesmo 15 anos uma pessoa tiver em seu VGBL o valor de R$200.000,00 acumulados, mas aplicou somente R$100.000,00, os outros R$100.000,00 são os juros que ela ganhou no período, e o IR nesse caso incide somente sobre os R$100.000,00 que ela conseguiu.

Atenção!! O VGBL não tem o mesmo benefício de dedução de 12% da renda, por isso o IR incide somente sobre os juros.

Para quem é mais indicado? Para quem faz a declaração simplificada de IR, profissionais liberais ou aqueles que já contribuem com 12% da renda bruta em um PGBL.



Pensem nisso

terça-feira, 18 de maio de 2010

Previdência Privada - Parte 2

Olá leitores,


Como disse no texto anterior, falarei nesse e em outros posts sobre a Previdência Privada, sua tributação, os tipos (VGBL e/ou PGBL), vantagens e desvantagens.


Para início de conversa, o que é um plano de Previdência Privada?

Utilizando a definição do site Dr. Previdência, "é o veículo que você tem a disposição para construir todos os dias o seu bem estar social, econômico e financeiro que não poderá ser suprido pelo setor público" ou seja, é a forma mais comum de complementar sua aposentadoria do INSS, utilizando um produto financeiro para isso.

Por que fazer um plano de Previdência Privada se daqui 15 anos eu vou ter minha aposentadoria do INSS?

Será que teremos essa aposentadoria daqui 15, 20 anos? A população brasileira está envelhecendo, temos cada vez mais pessoas se aposentando e deixando de contribuir para o INSS e não está havendo a reposição desses contribuintes, a tendência é que os valores de aposentadoria sejam cada vez menores, ou até mesmo que uma hora não tenha mais dinheiro para pagar todos os aposentados, será que é a melhor opção contar com esse valor?

Um plano de Previdência pode complementar a renda do INSS ou até mesmo substituí-la caso o INSS não tenha mais condições de pagar a todos os aposentados quando chegar a sua vez de se aposentar e ter o descanso mais que merecido após anos de trabalho.

Como recebo o benefício da Previdência Privada?

Você pode optar por receber uma renda mensal em um determinado período, e em caso de falecimento um beneficiário recebe em seu lugar até o final do prazo.

Você pode optar por receber uma renda mensal vitalícia, e em caso de falecimento ninguém receberá o benefício em seu lugar.

Você pode optar por retirar todo o valor acumulado ao final do plano e aplicá-lo aonde quiser, retirando os juros para sua sobrevivência ou abrindo um negócio, comprando uma casa etc o destino do dinheiro você quem decide.

Trarei mais detalhes nos próximos textos.


Pensem nisso

Previdência Privada - Parte 1

Olá leitores,


Hoje vou falar um pouco sobre um assunto preocupante para muitos brasileiros, que é a aposentadoria.

Respondam para vocês mesmos as seguintes perguntas: Quantos anos você tem até se aposentar? Como você vai se sustentar quando se aposentar? A aposentadoria do INSS será suficiente para seus gastos? Você terá aposentadoria do INSS quando se aposentar?

Quais foram suas respostas? Reflitam sobre elas, esse é um importante passo para prosseguirmos com o texto.....

Se em algum momento da vida vocês já se fizeram essas perguntas ou pelo menos uma delas, sabem o quanto é difícil pensar e planejar a aposentadoria, ainda é mais difícil se temos 10, 15, 30 anos até lá, mas o quanto antes pensarmos, menos gastos e mais tranquila nossa aposentadoria será.

Vocês podem estar se perguntando, como diminuir então essas preocupações com o futuro? Como me preparar? Como planejar?

Um dos produtos mais utilizados para esse planejamento e preparação é a Previdência Privada, e é sobre ela que tratarei nos próximos posts, aguardem!


Abraços

terça-feira, 11 de maio de 2010

Títulos de Capitalização

Olá leitores, tudo bem?


Hoje quero um falar um pouco sobre esse produto tão oferecido pelos bancos, e muitas vezes taxado como mocinho ou vilão, dependendo de com quem estamos falando.

Para começar o assunto, Títulos de Capitalização não são investimentos!!!

Embora os gerentes das instituições financeiras nos vendam esse produto como sendo uma alternativa de investimento, esse tipo de produto não é nem de longe um investimento, não rende juros e, no máximo, paga o mesmo valor que você pagou ao banco por um período.


Mas então, o que são títulos de capitalização?


São produtos nos quais o cliente tem descontado de sua conta um valor fixo mensal ou faz um pagamento único no início e que tem como maior atrativo o sorteio de prêmios semanalmente e/ou mensalmente, ou seja, é um gasto com loteria, com um único diferencial: Após o período do título que varia entre 36 e 60 meses o cliente pode retirar o valor depositado e só!!! Nada de correções, somente o valor depositado.


Então por que os gerentes de banco nos falam que o valor aplicado no período retorna corrigido ao final do título? (Não vou atacar aos bancos e dizer que é para vender mais fácil esse produto tão rentável a eles)

O valor até retorna integral, mas você já se perguntou de onde "surge" o dinheiro para pagar os prêmios dos sorteios semanais e/ou mensais? Dos seus pagamentos!!!! A cada pagamento que o cliente faz, uma parte vai para ser atualizada e outra parte vai para pagar os prêmios e taxas de administração, e no início do período dos títulos a fatia que vai para os prêmios chega a 95%, ou seja, somente 5% do que você pagou vai para ser atualizado e devolvido a você após alguns meses. Mas esses valores vão mudando ao longo do tempo até chegar a 100% somente no último pagamento realizado.

Mas títulos de capitalização não são o mal do mundo, podem ser uma alternativa interessante para quem todo semana faz uma "fezinha" nas loterias federais, já que a pessoa concorre a sorteios e pelo menos não perde todo o dinheiro se não for sorteado, o que convenhamos é melhor que perder tudo na loteria. Mas tem que escolher, ou título de capitalização ou loteria!!!

E ainda enxergo outro benefício nesses títulos. Como são valores descontados diretamente da conta, são uma alternativa para quem não consegue guardar dinheiro de jeito nenhum, e como a cada parcela uma parte vai para os prêmios e a outra vai para você, somente ao final dos meses de duração do título terá todo o dinheiro depositado, o que força a pessoa a ficar por um tempo com o título, uma poupança forçada. Depois, com o valor acumulado, pode-se ir atrás de investimentos de verdade, mais rentáveis.


Pensem nisso

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Twitter

Olá leitores,

Acabei de aderir a mais "nova" febre da internet, o Twitter.

Me sigam, lá estou atualizando sobre o que escrevo no blog. Vou procurar atualizar o Twitter com o que eu escrever aqui.

twitter.com/lmadaleno


Abraços

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Imóveis - Ter ou não ter - Parte 4

Olá leitores,

Nesse 4º e último post da série Imóveis - Ter ou não ter vou mostrar algumas simulações de financiamentos que fiz em sites de bancos, vamos lá?

1ª Situação:

Valor do imóvel: R$150.000,00
Período Financiado: 240 meses ou 20 anos
Renda mensal bruta: R$2.500,00
Taxa de juros anual: 8,9% + TR
Entrada: R$87.676,55
Saldo a ser financiado: R$62.323,45
Taxas para aquisição do Imóvel: R$10.500,00
Localização: São Paulo - SP

No final desses 240 meses se a pessoa ou casal optou pelo financiamento:

- Foi pago pelo imóvel o valor total de R$224.459,57.
- Considerando que optou-se pelo financiamento em que as parcelas diminuem com o passar do tempo, ainda dá para economizar a diferença entre a primeira parcela (R$750,34) e as demais, aplicando uma taxa de 0,4% ao mês, a pessoa acumulou ao final R$76.116,94.
*Obs: não foram consideradas nesses cálculos as possíveis reformas que esse imóvel sofrerá nos próximos 20 anos, estimo que pelo menos 2 ou 3 grandes mudanças acontecerão nesse imóvel.

Se fosse no aluguel:

- Foi pago de aluguel nesse período R$180.000,00
- E aplicando o valor da entrada e da taxa para aquisição do imóvel mais a diferença entre o aluguel que foi estimado em R$750,00 (ou 0,5% o valor do imóvel) mensais e o valor da primeira parcela do financiamento (R$750,34) com a mesma taxa de 0,4% ao mês, a pessoa acumulou ao final R$256.053,68.

2ª Situação

Valor do imóvel: R$150.000,00
Período financiado: 360 meses ou 30 anos
Renda mensal bruta: R$5.000,00
Taxa de juros anual: 8,9% + TR
Entrada: R$87.676,55
Saldo a ser financiado: 62.323,45
Taxas para aquisição do imóvel: R$10.500,00
Localização: São Paulo - SP

No final desses 360 meses se a pessoa ou casal optou pelo financiamento:

- Foi pago pelo imóvel o valor total de R$256.831,85
- Considerando que optou-se pelo financiamento em que as parcelas diminuem com o passar do tempo, ainda dá para economizar a diferença entre a primeira parcela (R$663,79) e as demais, aplicando uma taxa de 0,4% ao mês, a pessoa acunulou ao final R$137.861,28

*Obs: não foram consideradas nesses cálculos as possíveis reformas que esse imóvel sofrerá nos próximos 30 anos, estimo que pelo menos de 3 a 5 grandes mudanças acontecerão nesse imóvel.

Se fosse no aluguel:

- Foi pago de aluguel nesse período R$270.000,00
- E aplicando o valor da entrada e da taxa para aquisição do imóvel menos a diferença entre o aluguel que foi estimado em R$750,00 (ou 0,5% o valor do imóvel) mensais e o valor da primeira parcela do financiamento (R$663,79) com a mesma taxa de 0,4% ao mês, a pessoa acumulou ao final R$343.754,67

Quanto mais tempo for o financiamento, mais juros serão pagos e o mesmo vale para os investimentos, quanto mais tempo deixarmos o valor aplicado, mais ganharemos com juros, vejam o segundo exemplo, a pessoa pagaria R$750,00 de aluguel e o valor da primeira parcela do financiamento é de R$663,79, ou seja, R$86,21 a menos por mês, e mesmo assim ao final dos 30 anos a pessoa acumulou R$343.754,67 com o investimento.

A decisão é de cada um, cada caso é um caso e milhares de simulações poderiam ser feitas aqui no blog, mas não acabaria nunca de escrever esse post, então convido cada um a fazer suas próprias contas, os valores aqui mencionados foram tirados do site de um banco comercial e pode ser acessado por qualquer pessoa.

Não é minha intenção dizer o que é certo e o que é errado, mas antes de tomar essa decisão vale a pena pensar em todos os valores e sentimentos envolvidos nessa compra.


Pensem nisso

Imóveis - Ter ou não ter - Parte 3

Olá leitores,


Quem acompanhou os outros posts dessa primeira série do blog, viu que estou escrevendo sobre comprar ou não o tão sonhado imóvel próprio. No post anterior escrevi meus argumentos para não comprá-lo, mas agora mostrarei os argumentos dos meus amigos e namorada justificando a compra do imóvel, mais para frente vou mostrar alguns valores que consegui simulando uma possível compra de imóvel, mas por enquanto seguem os argumentos favoráveis:


- Quando conversamos, esse casal de amigos me disse a frase com que terminei o último post, "Pagar aluguel é jogar dinheiro fora", pois depois de pagar por anos o aluguel a casa não é sua, enquanto que no financiamento, depois de pagar anos por um financiamento você pode dizer que o imóvel é seu.

- Também foi falado que no caso de um imóvel próprio, o casal ou pessoa solteira pode reformar do jeito que bem entender, pintar, quebrar e depois disso pode dizer que o imóvel está do jeito que sempre quis para um lar.

- O conceito de lar também foi usado como argumento, pois com aluguel a pessoa pode ser tirada do imóvel pelo dono depois do término do contrato de locação, e portanto passará a ser um nômade ou uma pessoa sem lugar fixo para morar, já que terá que encontrar outro imóvel com o mesmo valor de aluguel e na mesma região.


Que eu me lembre foram esses os argumentos, se alguém tiver outros e quiser completar esse post, pode fazê-lo nos comentários, fiquem à vontade.

Como eu disse no primeiro post da série, a decisão é de cada um, só falo a vocês como sempre...


Pensem nisso

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Imóveis - Ter ou não ter - Parte 2

Olá leitores,


Como prometido, vamos a primeira série desse blog:


Quem leu o post anterior que está logo abaixo viu que esse assunto sobre Imóveis surgiu em um jantar com um casal de amigos, nesse jantar eu não consegui argumentar sobre meu ponto de vista com base em valores, números, taxas etc (até porque eu estava jantando, não tinha comigo nenhum notebook nem calculadora financeira) ainda não disse a vocês, mas eu argumentei contra a compra da casa própria, enquanto esse casal e minha namorada eram totalmente e absolutamente a favor de comprar um imóvel para morar.


Primeiro vou colocar meus argumentos:

- Sou a favor de em um primeiro momento, do casal ou de uma pessoa solteira que saiu da casa dos pais, começar a vida pagando um aluguel. (esse primeiro momento, na minha opinião pode durar até mesmo 15, 20 anos)

- Não me sinto à vontade com a idéia de dar todo o dinheiro que acumulei na época em morei com meus pais de entrada em um imóvel financiado, ou até mesmo comprar um à vista (Por quê?) porque é nessa fase que não temos gastos com moradia (luz, água, telefone, supermercado etc) e podemos acumular mais recursos, o que não ocorrerá quando morarmos sozinhos já que esses gastos com moradia deverão entrar em nosso orçamento e as sobras de dinheiro tendem a ser menores.

- Complementando o que escrevi acima, além de dar todo o dinheiro acumulado nessa fase de entrada em um financiamento, boa parte da renda do casal ou da pessoa solteira ficará comprometida com um financiamento durante muitos anos, pagando juros para comprar a casa própria e dificultando a formação de uma nova poupança ou de outros planos.

- Agora imaginemos que um casal adquira um imóvel financiado por 20 anos com 2 quartos, pois pretende ter só um filho e venha a ter 2 ou 3 filhos, será muito mais difícil para esse casal se mudar, pois terá que comprar um outro imóvel financiado com mais quartos e portanto mais caro, vender o imóvel em que mora (o que não é tão fácil quanto parece), quitar o financiamento anterior e começar um novo por mais 20 anos.

- E para terminar meu argumentos eu quero colocar aqui uma frase tão usada por quem viveu em outras épocas (ditadura, governo GV, hiperinflação) e que até hoje é muito usada: "Pagar aluguel é jogar dinheiro fora". E pagar juros por 20, 30 anos em um financiamento e no final desse período pagar 2, 3 vezes o valor do imóvel não é jogar dinheiro fora?


Pensem nisso

Imóveis - Ter ou não ter - Parte 1

Olá leitores, tudo bem?


Pretendo fazer aqui uma série de 2 ou 3 posts sobre um assunto que surgiu em um jantar com amigos, quero tratar sobre Imóveis, mais precisamente sobre o sonho da casa própria. Sonho tão comum a 10 entre 10 brasileiros.


Ter ou não ter a casa própria???


Pretendo nessa série mostrar os aspectos financeiros de tomar ou não essa decisão em algum momento da vida, as vantagens e desvantagens desse grande passo, que poderá e deverá influenciar nos rumos financeiros dos próximos, 10, 20, 30 anos de cada um e de uma família.

Não pretendo e não consigo mensurar outros pontos como: Segurança e tranquilidade de cada um em morar no que é próprio, de poder dizer que o teto no qual dorme é seu e de mais ninguém, a liberdade de reformar, pintar, estruturar a casa do jeito que bem entender etc.

Também não pretendo escrever o que seja certo e errado, cada caso é um caso e quem deverá escolher o melhor caminho a seguir é VOCÊ.


Espero que gostem dessa primeira série, vou tentar pôr alguns exemplos numéricos que gosto bastante, mas como temos muitas simulações de financiamento envolvidas, será mais difícil.


Abraço a todos
E depois de lerem a série...

Pensem nisso.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Risco de Ficar Rico

Olá leitores,

Quando pensamos em investimentos, cada um tem uma aversão diferente aos riscos envolvidos, ao quanto está disposto a perder para ter maiores retornos ao longo do tempo.
Quem não veio de família rica nem ganhou na loteria e quer formar um patrimônio que lhe permita parar de trabalhar em um certo momento da vida, seja esse momento com 30, 40 anos de idade, precisa pensar em investir uma parte dos recursos em renda variável (ações) que no longo prazo se mostraram mais rentáveis que qualquer outro tipo de investimento.
Mas, se o mercado de ações é tão rentável, porque as pessoas não investem e tem tanto medo de entrar nele? Porque as pessoas tem mais medo de perder que vontade de ganhar.
Nesse mercado que varia muito de um dia para o outro as perdas podem acontecer e devem acontecer em algum momento do investimento, mas se o objetivo com esse dinheiro for de longo prazo, como aposentadoria em 20 anos, faculdade dos filhos recém nascidos etc, essas perdas serão superadas pelos ganhos.
O que as pessoas não sabem é que até mesmo a poupança que é tida como um investimento sem risco algum tem o seu risco. A poupança é remunerada com 0,5% de juros ao mês + TR, se a inflação do mês for de 0,7% por exemplo o investidor não terá conseguido acompanhar sequer a inflação, perdendo poder de compra. Como gosto de exemplos numéricos aí vai mais um:

Aplicação de R$2.000,00 no início do mês
Rentabilidade da poupança: 0,5% + 0,05% de TR
Inflação: 0,7%

Ao final do mês:
Poupança: R$2.011,00 (juros de R$11,00 no período)
Poder de compra desses R$2.011,00 = 1.996,92

Mesmo ganhando 0,55% de juros na poupança, os R$2.000,00 inicialmente aplicados, compram hoje o que R$1.996,92 compravam no início do mês, parece pouco, mas ao longo do tempo é uma grande diferença.


Pensem nisso.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Custos Embutidos

Olá leitores,
Hoje vou escrever sobre algo que me deixou abismado em como nunca havia pensado nesse assunto e diria até um pouco "revoltado".
Esses dias fui fazer um acompanhamento das finanças de um amigo, e vi uma fatura dele de cartão de crédito dessas lojas de roupa populares.
Vocês devem saber que essas lojas propõe que as pessoas façam o cartão de crédito com o intuito somente de parcelar as compras e dizem não cobrar anuidade sobre esses cartões, realmente, vendo a fatura de cartão de crédito desse meu amigo e algumas anteriores, não vi nenhuma cobrança de anuidade, porém eu vi a cobrança de duas tarifas fixas: uma tarifa de manutenção e uma proteção contra perda e roubo, a primeira de R$1,50 e a segunda de R$1,60, totalizando R$3,10.
Analisando a atual fatura dele, eu observei que o valor que ele tem a pagar sem essas tarifas é de R$43,00, ou seja, essas tarifas representam um gasto de R$3,10 ou 7,21% a mais somente nesse mês.


Observando as próximas faturas que virão, pois o cartão já lista as parcelas a vencer nessa fatura, temos a seguinte situação:


Vencimento da Fatura 13/05/10 - valor: R$43,00 - tarifas: R$3,10 - 7,21% do valor total
Vencimento da Fatura 13/06/10 - valor: R$31,30 - tarifas: R$3,10 - 9,90% do valor total
Vencimento da Fatura 13/07/10 - valor: R$16,96 - tarifas: R$3,10 - 18,28% do valor total
Vencimento da Fatura 13/08/10 - valor: R$16,96 - tarifas: R$3,10 - 18,28% do valor total


Ou seja, realmente os cartões de loja não cobram anuidade, ao invés disso cobram tarifas que chegam a representar, nesse caso, 18,28% de juros em um mês, e eu particularmente, nunca vi nenhum cartão de crédito cobrar um valor tão alto de juros ao mês. E essa situação pode ser ainda pior.
Ligando no Serviço de Atendimento ao Cliente dessa empresa, descobrimos que essas tarifas são cobradas independente do valor que é gasto, então se eu parcelar um valor de R$5,00 em 5 vezes que é o limite de parcelas, eu terei uma parcela de R$1,00 (que a atendente disse ser possível) + R$3,10 de tarifas, eu estaria pagando juros de 310% por parcela!
Existem muitos custos embutidos nas operações e se o consumidor não estiver atento vai pagar caro. Não estou dizendo que vocês leitores não devem fazer esses cartões, ou não devem comprar algo que realmente precisam, mas que esses custos devem entrar na conta de vocês e ver se vale a pena pagar juros tão altos ao invés de juntar dinheiro e comprar à vista.


Pensem nisso.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Início de tudo

Boa tarde leitores,

Hoje começo a postar assuntos sobre finanças pessoais e assuntos relacionados e elas.

Mas, por que finanças pessoais?

Desde 2006 quando comecei a estagiar e ganhar um salário que nem chegava ao mínimo da época, tive interesse em controlar minhas finanças. Fazia isso em um papel, anotando o que gastava e onde gastava, com um controle bem simples para não ultrapassar meu salário, o que não era tão difícil pois moro com meus pais, portanto não tenho gastos com moradia.

Mas não comecei logo de cara a fazer esse controle:

Em um determinado mês, eu reparei que tinha gasto mais do que ganhei, mas como tinha uma sobra de outros meses não fiquei no vermelho, porém se continuasse nesse ritmo logo precisaria pedir R$ aos meus pais (e eu havia colocado na cabeça desde o meu primeiro salário, que não pediria mais dinheiro a eles, eu me viraria com o que tivesse e tiraria essa despesa das costas deles) e eu não queria isso, então veio a pergunta: O que fazer? Como não gastar mais do que ganho?
E veio a solução: Fazer um controle quinzenal do meu salário.

Como assim?

Eu dividiria meu salário em duas partes e definiria um valor para gastar e um para sobrar toda quinzena, mas vou dar um exemplo prático para demonstrar:

Vamos supor que eu ganhasse R$400,00

1ª Quinzena tenho R$150,00 para gastos e R$50,00 para guardar
2ª Quinzena tenho os mesmos R$150,00 para gastos e R$50,00 para guardar.

Assim, se eu ultrapassasse o valor para gastos na 1ª quinzena teria a 2ª para compensar e sair do mês no azul e com alguma reserva.


Nos próximos posts irei abordar assuntos sobre finanças pessoais, orçamentos, como organizar suas finanças etc e falar um pouco sobre a minha nova profissão (eu nem disse que sou contador ?) que é a profissão de Planejador Financeiro Pessoal.


Abraço a todos