sexta-feira, 30 de abril de 2010

Twitter

Olá leitores,

Acabei de aderir a mais "nova" febre da internet, o Twitter.

Me sigam, lá estou atualizando sobre o que escrevo no blog. Vou procurar atualizar o Twitter com o que eu escrever aqui.

twitter.com/lmadaleno


Abraços

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Imóveis - Ter ou não ter - Parte 4

Olá leitores,

Nesse 4º e último post da série Imóveis - Ter ou não ter vou mostrar algumas simulações de financiamentos que fiz em sites de bancos, vamos lá?

1ª Situação:

Valor do imóvel: R$150.000,00
Período Financiado: 240 meses ou 20 anos
Renda mensal bruta: R$2.500,00
Taxa de juros anual: 8,9% + TR
Entrada: R$87.676,55
Saldo a ser financiado: R$62.323,45
Taxas para aquisição do Imóvel: R$10.500,00
Localização: São Paulo - SP

No final desses 240 meses se a pessoa ou casal optou pelo financiamento:

- Foi pago pelo imóvel o valor total de R$224.459,57.
- Considerando que optou-se pelo financiamento em que as parcelas diminuem com o passar do tempo, ainda dá para economizar a diferença entre a primeira parcela (R$750,34) e as demais, aplicando uma taxa de 0,4% ao mês, a pessoa acumulou ao final R$76.116,94.
*Obs: não foram consideradas nesses cálculos as possíveis reformas que esse imóvel sofrerá nos próximos 20 anos, estimo que pelo menos 2 ou 3 grandes mudanças acontecerão nesse imóvel.

Se fosse no aluguel:

- Foi pago de aluguel nesse período R$180.000,00
- E aplicando o valor da entrada e da taxa para aquisição do imóvel mais a diferença entre o aluguel que foi estimado em R$750,00 (ou 0,5% o valor do imóvel) mensais e o valor da primeira parcela do financiamento (R$750,34) com a mesma taxa de 0,4% ao mês, a pessoa acumulou ao final R$256.053,68.

2ª Situação

Valor do imóvel: R$150.000,00
Período financiado: 360 meses ou 30 anos
Renda mensal bruta: R$5.000,00
Taxa de juros anual: 8,9% + TR
Entrada: R$87.676,55
Saldo a ser financiado: 62.323,45
Taxas para aquisição do imóvel: R$10.500,00
Localização: São Paulo - SP

No final desses 360 meses se a pessoa ou casal optou pelo financiamento:

- Foi pago pelo imóvel o valor total de R$256.831,85
- Considerando que optou-se pelo financiamento em que as parcelas diminuem com o passar do tempo, ainda dá para economizar a diferença entre a primeira parcela (R$663,79) e as demais, aplicando uma taxa de 0,4% ao mês, a pessoa acunulou ao final R$137.861,28

*Obs: não foram consideradas nesses cálculos as possíveis reformas que esse imóvel sofrerá nos próximos 30 anos, estimo que pelo menos de 3 a 5 grandes mudanças acontecerão nesse imóvel.

Se fosse no aluguel:

- Foi pago de aluguel nesse período R$270.000,00
- E aplicando o valor da entrada e da taxa para aquisição do imóvel menos a diferença entre o aluguel que foi estimado em R$750,00 (ou 0,5% o valor do imóvel) mensais e o valor da primeira parcela do financiamento (R$663,79) com a mesma taxa de 0,4% ao mês, a pessoa acumulou ao final R$343.754,67

Quanto mais tempo for o financiamento, mais juros serão pagos e o mesmo vale para os investimentos, quanto mais tempo deixarmos o valor aplicado, mais ganharemos com juros, vejam o segundo exemplo, a pessoa pagaria R$750,00 de aluguel e o valor da primeira parcela do financiamento é de R$663,79, ou seja, R$86,21 a menos por mês, e mesmo assim ao final dos 30 anos a pessoa acumulou R$343.754,67 com o investimento.

A decisão é de cada um, cada caso é um caso e milhares de simulações poderiam ser feitas aqui no blog, mas não acabaria nunca de escrever esse post, então convido cada um a fazer suas próprias contas, os valores aqui mencionados foram tirados do site de um banco comercial e pode ser acessado por qualquer pessoa.

Não é minha intenção dizer o que é certo e o que é errado, mas antes de tomar essa decisão vale a pena pensar em todos os valores e sentimentos envolvidos nessa compra.


Pensem nisso

Imóveis - Ter ou não ter - Parte 3

Olá leitores,


Quem acompanhou os outros posts dessa primeira série do blog, viu que estou escrevendo sobre comprar ou não o tão sonhado imóvel próprio. No post anterior escrevi meus argumentos para não comprá-lo, mas agora mostrarei os argumentos dos meus amigos e namorada justificando a compra do imóvel, mais para frente vou mostrar alguns valores que consegui simulando uma possível compra de imóvel, mas por enquanto seguem os argumentos favoráveis:


- Quando conversamos, esse casal de amigos me disse a frase com que terminei o último post, "Pagar aluguel é jogar dinheiro fora", pois depois de pagar por anos o aluguel a casa não é sua, enquanto que no financiamento, depois de pagar anos por um financiamento você pode dizer que o imóvel é seu.

- Também foi falado que no caso de um imóvel próprio, o casal ou pessoa solteira pode reformar do jeito que bem entender, pintar, quebrar e depois disso pode dizer que o imóvel está do jeito que sempre quis para um lar.

- O conceito de lar também foi usado como argumento, pois com aluguel a pessoa pode ser tirada do imóvel pelo dono depois do término do contrato de locação, e portanto passará a ser um nômade ou uma pessoa sem lugar fixo para morar, já que terá que encontrar outro imóvel com o mesmo valor de aluguel e na mesma região.


Que eu me lembre foram esses os argumentos, se alguém tiver outros e quiser completar esse post, pode fazê-lo nos comentários, fiquem à vontade.

Como eu disse no primeiro post da série, a decisão é de cada um, só falo a vocês como sempre...


Pensem nisso

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Imóveis - Ter ou não ter - Parte 2

Olá leitores,


Como prometido, vamos a primeira série desse blog:


Quem leu o post anterior que está logo abaixo viu que esse assunto sobre Imóveis surgiu em um jantar com um casal de amigos, nesse jantar eu não consegui argumentar sobre meu ponto de vista com base em valores, números, taxas etc (até porque eu estava jantando, não tinha comigo nenhum notebook nem calculadora financeira) ainda não disse a vocês, mas eu argumentei contra a compra da casa própria, enquanto esse casal e minha namorada eram totalmente e absolutamente a favor de comprar um imóvel para morar.


Primeiro vou colocar meus argumentos:

- Sou a favor de em um primeiro momento, do casal ou de uma pessoa solteira que saiu da casa dos pais, começar a vida pagando um aluguel. (esse primeiro momento, na minha opinião pode durar até mesmo 15, 20 anos)

- Não me sinto à vontade com a idéia de dar todo o dinheiro que acumulei na época em morei com meus pais de entrada em um imóvel financiado, ou até mesmo comprar um à vista (Por quê?) porque é nessa fase que não temos gastos com moradia (luz, água, telefone, supermercado etc) e podemos acumular mais recursos, o que não ocorrerá quando morarmos sozinhos já que esses gastos com moradia deverão entrar em nosso orçamento e as sobras de dinheiro tendem a ser menores.

- Complementando o que escrevi acima, além de dar todo o dinheiro acumulado nessa fase de entrada em um financiamento, boa parte da renda do casal ou da pessoa solteira ficará comprometida com um financiamento durante muitos anos, pagando juros para comprar a casa própria e dificultando a formação de uma nova poupança ou de outros planos.

- Agora imaginemos que um casal adquira um imóvel financiado por 20 anos com 2 quartos, pois pretende ter só um filho e venha a ter 2 ou 3 filhos, será muito mais difícil para esse casal se mudar, pois terá que comprar um outro imóvel financiado com mais quartos e portanto mais caro, vender o imóvel em que mora (o que não é tão fácil quanto parece), quitar o financiamento anterior e começar um novo por mais 20 anos.

- E para terminar meu argumentos eu quero colocar aqui uma frase tão usada por quem viveu em outras épocas (ditadura, governo GV, hiperinflação) e que até hoje é muito usada: "Pagar aluguel é jogar dinheiro fora". E pagar juros por 20, 30 anos em um financiamento e no final desse período pagar 2, 3 vezes o valor do imóvel não é jogar dinheiro fora?


Pensem nisso

Imóveis - Ter ou não ter - Parte 1

Olá leitores, tudo bem?


Pretendo fazer aqui uma série de 2 ou 3 posts sobre um assunto que surgiu em um jantar com amigos, quero tratar sobre Imóveis, mais precisamente sobre o sonho da casa própria. Sonho tão comum a 10 entre 10 brasileiros.


Ter ou não ter a casa própria???


Pretendo nessa série mostrar os aspectos financeiros de tomar ou não essa decisão em algum momento da vida, as vantagens e desvantagens desse grande passo, que poderá e deverá influenciar nos rumos financeiros dos próximos, 10, 20, 30 anos de cada um e de uma família.

Não pretendo e não consigo mensurar outros pontos como: Segurança e tranquilidade de cada um em morar no que é próprio, de poder dizer que o teto no qual dorme é seu e de mais ninguém, a liberdade de reformar, pintar, estruturar a casa do jeito que bem entender etc.

Também não pretendo escrever o que seja certo e errado, cada caso é um caso e quem deverá escolher o melhor caminho a seguir é VOCÊ.


Espero que gostem dessa primeira série, vou tentar pôr alguns exemplos numéricos que gosto bastante, mas como temos muitas simulações de financiamento envolvidas, será mais difícil.


Abraço a todos
E depois de lerem a série...

Pensem nisso.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Risco de Ficar Rico

Olá leitores,

Quando pensamos em investimentos, cada um tem uma aversão diferente aos riscos envolvidos, ao quanto está disposto a perder para ter maiores retornos ao longo do tempo.
Quem não veio de família rica nem ganhou na loteria e quer formar um patrimônio que lhe permita parar de trabalhar em um certo momento da vida, seja esse momento com 30, 40 anos de idade, precisa pensar em investir uma parte dos recursos em renda variável (ações) que no longo prazo se mostraram mais rentáveis que qualquer outro tipo de investimento.
Mas, se o mercado de ações é tão rentável, porque as pessoas não investem e tem tanto medo de entrar nele? Porque as pessoas tem mais medo de perder que vontade de ganhar.
Nesse mercado que varia muito de um dia para o outro as perdas podem acontecer e devem acontecer em algum momento do investimento, mas se o objetivo com esse dinheiro for de longo prazo, como aposentadoria em 20 anos, faculdade dos filhos recém nascidos etc, essas perdas serão superadas pelos ganhos.
O que as pessoas não sabem é que até mesmo a poupança que é tida como um investimento sem risco algum tem o seu risco. A poupança é remunerada com 0,5% de juros ao mês + TR, se a inflação do mês for de 0,7% por exemplo o investidor não terá conseguido acompanhar sequer a inflação, perdendo poder de compra. Como gosto de exemplos numéricos aí vai mais um:

Aplicação de R$2.000,00 no início do mês
Rentabilidade da poupança: 0,5% + 0,05% de TR
Inflação: 0,7%

Ao final do mês:
Poupança: R$2.011,00 (juros de R$11,00 no período)
Poder de compra desses R$2.011,00 = 1.996,92

Mesmo ganhando 0,55% de juros na poupança, os R$2.000,00 inicialmente aplicados, compram hoje o que R$1.996,92 compravam no início do mês, parece pouco, mas ao longo do tempo é uma grande diferença.


Pensem nisso.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Custos Embutidos

Olá leitores,
Hoje vou escrever sobre algo que me deixou abismado em como nunca havia pensado nesse assunto e diria até um pouco "revoltado".
Esses dias fui fazer um acompanhamento das finanças de um amigo, e vi uma fatura dele de cartão de crédito dessas lojas de roupa populares.
Vocês devem saber que essas lojas propõe que as pessoas façam o cartão de crédito com o intuito somente de parcelar as compras e dizem não cobrar anuidade sobre esses cartões, realmente, vendo a fatura de cartão de crédito desse meu amigo e algumas anteriores, não vi nenhuma cobrança de anuidade, porém eu vi a cobrança de duas tarifas fixas: uma tarifa de manutenção e uma proteção contra perda e roubo, a primeira de R$1,50 e a segunda de R$1,60, totalizando R$3,10.
Analisando a atual fatura dele, eu observei que o valor que ele tem a pagar sem essas tarifas é de R$43,00, ou seja, essas tarifas representam um gasto de R$3,10 ou 7,21% a mais somente nesse mês.


Observando as próximas faturas que virão, pois o cartão já lista as parcelas a vencer nessa fatura, temos a seguinte situação:


Vencimento da Fatura 13/05/10 - valor: R$43,00 - tarifas: R$3,10 - 7,21% do valor total
Vencimento da Fatura 13/06/10 - valor: R$31,30 - tarifas: R$3,10 - 9,90% do valor total
Vencimento da Fatura 13/07/10 - valor: R$16,96 - tarifas: R$3,10 - 18,28% do valor total
Vencimento da Fatura 13/08/10 - valor: R$16,96 - tarifas: R$3,10 - 18,28% do valor total


Ou seja, realmente os cartões de loja não cobram anuidade, ao invés disso cobram tarifas que chegam a representar, nesse caso, 18,28% de juros em um mês, e eu particularmente, nunca vi nenhum cartão de crédito cobrar um valor tão alto de juros ao mês. E essa situação pode ser ainda pior.
Ligando no Serviço de Atendimento ao Cliente dessa empresa, descobrimos que essas tarifas são cobradas independente do valor que é gasto, então se eu parcelar um valor de R$5,00 em 5 vezes que é o limite de parcelas, eu terei uma parcela de R$1,00 (que a atendente disse ser possível) + R$3,10 de tarifas, eu estaria pagando juros de 310% por parcela!
Existem muitos custos embutidos nas operações e se o consumidor não estiver atento vai pagar caro. Não estou dizendo que vocês leitores não devem fazer esses cartões, ou não devem comprar algo que realmente precisam, mas que esses custos devem entrar na conta de vocês e ver se vale a pena pagar juros tão altos ao invés de juntar dinheiro e comprar à vista.


Pensem nisso.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Início de tudo

Boa tarde leitores,

Hoje começo a postar assuntos sobre finanças pessoais e assuntos relacionados e elas.

Mas, por que finanças pessoais?

Desde 2006 quando comecei a estagiar e ganhar um salário que nem chegava ao mínimo da época, tive interesse em controlar minhas finanças. Fazia isso em um papel, anotando o que gastava e onde gastava, com um controle bem simples para não ultrapassar meu salário, o que não era tão difícil pois moro com meus pais, portanto não tenho gastos com moradia.

Mas não comecei logo de cara a fazer esse controle:

Em um determinado mês, eu reparei que tinha gasto mais do que ganhei, mas como tinha uma sobra de outros meses não fiquei no vermelho, porém se continuasse nesse ritmo logo precisaria pedir R$ aos meus pais (e eu havia colocado na cabeça desde o meu primeiro salário, que não pediria mais dinheiro a eles, eu me viraria com o que tivesse e tiraria essa despesa das costas deles) e eu não queria isso, então veio a pergunta: O que fazer? Como não gastar mais do que ganho?
E veio a solução: Fazer um controle quinzenal do meu salário.

Como assim?

Eu dividiria meu salário em duas partes e definiria um valor para gastar e um para sobrar toda quinzena, mas vou dar um exemplo prático para demonstrar:

Vamos supor que eu ganhasse R$400,00

1ª Quinzena tenho R$150,00 para gastos e R$50,00 para guardar
2ª Quinzena tenho os mesmos R$150,00 para gastos e R$50,00 para guardar.

Assim, se eu ultrapassasse o valor para gastos na 1ª quinzena teria a 2ª para compensar e sair do mês no azul e com alguma reserva.


Nos próximos posts irei abordar assuntos sobre finanças pessoais, orçamentos, como organizar suas finanças etc e falar um pouco sobre a minha nova profissão (eu nem disse que sou contador ?) que é a profissão de Planejador Financeiro Pessoal.


Abraço a todos