terça-feira, 10 de setembro de 2013

Atingindo a Independência Financeira - Lidando com Imprevistos

O caminho para a independência financeira passa obrigatoriamente pela acumulação de recursos, mas nem todos se preocupam com a proteção contra imprevistos.

Mas Lucas, hoje eu quase fui atropelado por um ônibus, bati com a cabeça em um poste, tropecei e quebrei um dente, engasguei no almoço e bati o dedo do pé na quina cama, como eu ia prever tudo isso?

Primeiro que você é a pessoa mais azarada do mundo. Segundo, realmente não temos como prever todos os acontecimentos, mas temos como nos proteger deles e de suas consequências financeiras, e é sobre isso que eu vou tratar no texto de hoje.

Talvez o instrumento mais conhecido para proteção seja o seguro. Existem algumas modalidades, entre elas: vida, carro, casa, fiança etc. Como funcionam os seguros?

Pagamos um valor mensal ou anual (chamado prêmio) para uma seguradora e esta se compromete através de um contrato e nos ressarcir em caso de prejuízo/perda/sinistro do bem segurado. Os prêmios costumam ter um valor menor que o bem, ou seja, pagamos menos à seguradora e ela, através de cálculos de probabilidades, assume o risco de nossa perda.

Caso você não venha a utilizar o seguro para nada ótimo!! Como é dito popularmente: "seguro bom é seguro que a gente não usa", mas caso aconteça alguma coisa nós ou nossos dependentes estarão protegidos das perdas financeiras. Tente lembrar de pessoas que você conhece que tiveram seus carros roubados e não tinham seguro, ou que eram a principal fonte de renda da casa e faleceram deixando a família em uma situação financeiramente complicada, a proteção de seus bens é um ponto essencial em qualquer planejamento financeiro.

Quem deveria ter um seguro? Todo mundo!!! Lucas, sou solteiro, não tenho filhos, meus pais não dependem de mim para nada, preciso de um seguro de vida? De vida talvez não, mas um seguro que cubra invalidez ou acidentes pessoais sim. Seu risco não é a de sofrer um acidente e falecer, mas de sofrer um acidente, ficar vivo e inválido e seus pais terem que arcar com os custos de seu tratamento e não terem recursos suficientes para isso.

Outro instrumento bastante interessante na proteção contra imprevistos não é um produto, mas algo que podemos e devemos formar ao longo da vida, é a Reserva para Emergências ou Colchão Financeiro. O que é isso? São recursos acumulados em alguma aplicação com baixo risco e alta liquidez (liquidez = facilidade do investimento virar dinheiro) que servirão para nos dar apoio caso tenhamos alguma emergência financeira, de saúde etc.

São utilizados normalmente CDBs, Cadernetas de Poupança, Fundos Renda Fixa e Títulos Públicos para acumular esses recursos. Os valores acumulados nesses investimentos poderão estar entre 3 e 12 meses dos gastos mensais familiares ou pessoais. Notem que escrevi gastos e não da renda familiar, vocês podem ganhar R$10.000,00 e gastar R$7.000,00, os R$3.000,00 que sobram não precisam de proteção, esse é o excedente que formará sua Independência Financeira.

Porque de 3 a 12 meses dos gastos? Esse número representa basicamente quantos meses precisaríamos para restabelecer nossa renda em caso de desemprego ou corte repentino da renda e não comprometeríamos nosso padrão de vida e o de nossa família.

Essas são as principais formas de se proteger contra imprevistos. Espero que estejam gostando da série sobre Independência Financeira e semana que vem tem mais!!

Abraços

*Atualizado em 04/10/2013. Mauro Halfeld, comentarista de finanças pessoais da CBN falou brilhantemente sobre a importância de seguros de vida essa semana, vale a pena ouvir o comentário dele clicando neste link.

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